Acordamos todos os dias com a certeza que vamos acordar! ...e acordamos e respiramos e mal sentimos - tudo isso que fazemos já sem pensar e automaticamente. E o tempo passa e as horas passam e temos aquela sensação de automatismo que já nem sei como fiz o caminho de casa trabalho e vice versa. E assim é com os nossos humanos que nos rodeiam e nos aquecem a alma e o coração! Pois ... e já é tão automático que tenho dúvidas se sei de cor a cor dos olhos, o sentimento do olhar ou as rugas que foram aparecendo e eu nem reparei e fechei o olhar já muito atrás e já nem me lembro. E pode ser tarde, pode ser demasiado tarde quando queremos olhar e já não está lá e queria ter decorado cada traço, preenchido o sorriso, guardado no coração, para que fique para sempre aqui ao meu lado. Mas não o fiz, passei demasiado rápido e superficialmente pelas pessoas, pelo almoço que partilhamos, pelos cafés que bebemos, pelos copos à noite, pelo "olá tudo bem?", pelos Natais, pelo abraço rápido...
Sobre o olhar o mundo e o que me provoca diálogos internos. Sobre a partilha de pensamentos em forma de palavras e fotografia. Sobre a vida e os estímulos externos. Sobre a minha forma de ver, de estar e de saborear. Sobre os dias do dia a dia e os dias que sou mais eu.